Foto: Nair Benedicto/N Imagens - Menores na Febem Tatuapé
Já há algum tempo tem sido bastante falado e discutido sobre a redução da idade penal. Há aqueles que discordam desta provável lei. Contudo, muitos defendem positivamente á aprovação desta redução, pois para estes, as medidas socioeducativas servem apenas para acobertar legalmente esses menores infratores. É uma discussão antiga, que não chega a lugar nenhum.
No Brasil, o crescimento de violência juvenil, cresce acentuadamente. Esse crescimento se dá por várias características como; desigualdade social, associação ao tráfico e uso de droga, exclusão social, desemprego e principalmente pela precariedade de projetos sociais especialmente para crianças e adolescentes de baixa renda. E por esses motivos, os jovens que cometem delitos, usam essas características como uma estratégia de saída para sua culpa na execução de infrações. Acusam ser uma forma de sobrevivência a uma sociedade que por si só é violenta e injusta. Uma pesquisa feita em dezembro de 2000 pela antiga FEBEM, mostra que “20% dos adolescentes infratores vêm de apenas cinco bairros. Em comum, todos têm as mesmas características: escassez de lazer, educação e cultura. Para completar, o local onde vivem, são considerados locais dominados pelo tráfico de drogas” (INFANCIA NA MIDIA, 2001, p.22)
Essa estatística nos mostra o quanto o ambiente pode contribuir ou desfavorecer a reintegração do jovem infrator na sociedade. O preconceito com esses jovens é também bastante perceptível. O que não pode acontecer. Pois a valorização humana é indispensável na reintegração desses adolescentes.
Desse modo, enquanto cidadãos de uma sociedade quer ter paz, justiça e minimização da violência. Precisamos alimentar o desejo de utilidade desses jovens, a importância da sua existência e contribuição de forma positiva a sociedade onde habita. E ainda, darmos a esses menores atribuições de atividades de recuperação de acordo com suas aptidões. Pois, desta forma o adolescente descobre sua aceitação, e principalmente sua autoconfiança.
Autora: Sabrina Saldanha
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